Artista e professora em artes cênicas na Universidade de Franche-Comté e Pesquisadora em antropologia do teatro no Instituto dos Mundos Africanos (IMAF/ França). Atualmente está no IRD (Instituto de Recherche et développement) passando 4 anos no Brasil em intercâmbio com a UFF e a UFBA. Seu trabalho, na junção entre teatro e antropologia, busca, à luz dessas duas disciplinas, considerar formas de artes engajadas e especificamente as relacionadas inicialmente às questões da negritude, do pan-africanismo e mais recentemente das identidades afro-indígenas. Faz o seu trabalho de campo particularmente na África (Burkina Faso-Senegal) e no Brasil através de vários festivais e várias manifestações tanto no palco em lugares oficialmente dedicados à arte quanto na rua. Na sua tese, defendida em 2001, analisou o teatro negro no Brasil e sua vivacidade na atualidade. Desde 2006, ela tem coorganizado um seminário no EHESS (Ecole des Hautes Etudes em Sciences Sociales), que enfoca o tema do engajamento artístico-político no continente africano e na sua diáspora. Trabalha também sobre as questões políticas e artísticas relacionadas ao Patrimônio Imaterial no Brasil e na América Latina. Co-dirigiu um longa-metragem na terceira edição do Festival Mundial de Artes Negras 2010 e os guerreiros do Guerreiro (2022). Faz performas e documentários ligados a essas questões.