I Seminário Interno Passados Presentes MG

Relato de experiência – Por Simone de Assis

No tempo espiralado da cosmopercepção afrodiaspórica: os encontros. E que encontro foi esse, minha gente! Bem-estar, junto de bem-viver e bem-querer, são palavras que ressoam um pouquinho do que foi a grandiosidade do I Seminário Interno – Passados Presentes MG, referente ao projeto de pesquisa sobre patrimônios e memórias negras e afro-indígenas em Minas Gerais, conectado ao projeto Humanidades-CNPq.

O Seminário aconteceu entre os dias 24, 25 e 26 de outubro de 2023. Aos meus olhos, teve a perspectiva educativa-político-afetiva da partilha de saberes e da democratização de acessos na Universidade Federal de Juiz de Fora- UFJF. Foram trocas profundas a respeito dos “diálogos epistêmicos e antirracistas”; “saberes científicos e saberes tradicionais do Rosário”; “ensino de História e material didático”; “afetos, gestos e olhares: a relação dos pesquisadores com os detentores e suas comunidades”; “georreferenciamento e repositório de acervo”; “plenária com a coordenadora geral da Memória e Verdade da Escravidão e do Tráfico Transatlântico do Tráfico de Pessoas Escravizadas do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania”.

Ainda que a sistematização dos diálogos nem sempre tenham rumado para a convergência no campo das ideias e nas concepções de trabalho, é certo, que, o respeito, a empatia, o zelo e a disposição para agir com seriedade na construção de presentes e futuros contra coloniais, “pôs sentido” na toada da efetividade das próximas tarefas.

Tarefas à parte, falemos da maravilha e elegância que foi a estadia-ocupação no Trade Hotel para todas/todos/todes do projeto que estiveram no evento. Mas ainda não é sobre isso. 

O que é de verdade são os abraços amigos, os sorrisos e lágrimas compartilhadas, o trabalho coletivo e horizontal que vem lá de 2019 na formação do Grupo de Trabalho Emancipações e Pós-Abolição em Minas Gerais – GTEP-MG ANPUH. Que atravessou a pandemia e mobilizou o esperançar de movimentos de ações afirmativas e de associativismo negro. Que culminou nessa construção bonita e necessária sob a ótica do direito à história, direito à memória e direito à cidadania. É bom demais ser parte desse movimento. 

Gratidão imensa a cada participante, em especial à Comissão Organizadora e Equipe Gestora deste projeto!

Nguzo!

Foto I: Registro coletivo da abertura do I Seminário Interno Passados Presentes MG. Foto II: Registro coletivo de encerramento. Acervo: LABHOI/AFRIKAS – UFJF. 2023.

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