Nascida e crescida em Contagem, Minas Gerais, desde pequena aprendeu com sua bisavó sobre ofícios têxteis manuais e mais tarde se formou em Arqueologia na UFMG. Atualmente é mestranda em Arqueologia pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e trabalha com o mapeamento de práticas e ofícios têxteis a partir do ponto de vista arqueológico, com foco para as manualidades executadas por mulheres em Minas Gerais no decorrer do período Imperial.
No projeto Passados Presentes, Joyce foi moderadora do grupo de estudos sobre Cultura Material (grupo 2) e auxiliou na condução dos eventos e produtos criados pelo grupo, como as oficinas Lugares de Memória e Vozes do Sagrado: Registro das Cantigas de gira junto a Mãe Ana Maria de Iansã e a comunidade do Terreiro Caboclo Pedra Branca. Em outubro de 2024, realizou no Museu Casa Juscelino Kubitschek a oficina cultural “Histórias de Vó: Ofícios Ancestrais” como forma de promover o resgate e a valorização de práticas manuais têxteis tradicionais, reconhecendo-as como expressões culturais fundamentais para a preservação das memórias e identidades afro-brasileiras e indígenas.
Sobre a oficina “Histórias de Vó”
Em outubro de 2024, realizamos no Museu Casa Juscelino Kubitschek a oficina “Histórias de Vó: Ofícios Ancestrais”, com o objetivo de valorizar práticas têxteis tradicionais como expressões culturais importantes para preservar a memória e identidade de comunidades afro-brasileiras e indígenas.
A atividade criou um espaço de troca entre mulheres, onde compartilhamos histórias e técnicas têxteis como tear manual, bordado, tingimento natural e trançados, conectando-as às memórias de cada comunidade apresentada. Três matriarcas, detentoras de saberes tradicionais, guiaram as práticas de tingimento natural, e juntas criamos uma colcha de retalhos, inspirada no trabalho de nossas ancestrais.
A oficina foi conduzida em forma de roda de conversa, onde discutimos identidade, corpo e o aprendizado através do gesto e do contato direto. Buscamos uma abordagem sensível, destacando a dimensão simbólica, histórica e artística dessas técnicas.
A iniciativa também contribui para debates atuais sobre memória, patrimônio e a luta antirracista, ao resgatar narrativas ancestrais ligadas ao trabalho de mulheres negras, pardas e indígenas, especialmente na produção têxtil. A oficina faz parte do projeto “Narrativas Vivas: Sobre Mulheres e Seus Ofícios”, que busca preservar e fortalecer os saberes e resistências das matriarcas, promovendo trocas intergeracionais.
















