HISTÓRICO:
A origem desse termo é fruto do esforço do senhor Demétrio Silva da Costa, também conhecido como “Seu Cizico”. Sua motivação era a celebração de aniversário de sua esposa, Dona Geralda. Ele decidiu presenteá-la com uma festa de Congado. A comemoração foi a apresentação de um grupo de dançarinos de Moçambique, que foram ensaiados e liderados pelo Cízico. A data de estreia dessa performance marcante foi o dia 5 de outubro de 1951, e o grupo original era composto por 13 dançarinos e 5 bandeirinhas.
Esse terno é reconhecido como o mais antigo da cidade e desempenhou um papel crucial na fundação da Irmandade de São Benedito, além de ter desempenhado um papel fundamental na revitalização da tradição da Congada na localidade.
Além disso, o termo também inclui uma ala mirim, que permite a participação das crianças ao lado dos dançarinos adultos, preservando e transmitindo a rica herança cultural para as gerações futuras.
Cores: Rosa, branco e amarelo.
CITAÇÃO:
Significado: Desde a sua criação, o terno era todo branco, como na maioria dos ternos hoje em dia, ele predomina a cor Rosa. Teve um fato que aconteceu na festa entre 63 e 64 que que os ternos não entravam dentro da igreja, e meu pai ele tinha uma vontade danada de tocar lá dentro e decidiu tocar, porém naquela época era proibido. Meu pai desafiou o padre que indagou que o terno dele não tinha nem cor e nem nome e não poderia entrar na igreja, meu pai como era astuto foi falando e devolvendo em forma de canto respondendo o que ele falava. Aí, ele, tentando adentrar a igreja, estava na porta lateral da Igreja São José, ali do lado da rua 22, e lá dentro tem uma gruta da Nossa Senhora de Lourdes. Ele deixou o terno na porta e entrou sozinho parado na porta da igreja e lá e pegou uma rosa natural, uma rosa cor-de-rosa, aí naquele momento em falou: “Então, ele vai se chamar Moçambique Camisa Rosa da rosa de Nossa Senhora colhida dos pés lá da nossa senhora, e a calça branca padrão em todos os ternos e a faixa amarela representando uma riqueza cultural, riqueza do saber.
Quartel: R. Maria José Franco Gouveia| n° 120| Jardim do Rosário
Matriarca: Maria Lúcia
REFERÊNCIAS:
Abrão, Maysa. “Cultura, Identidade e Religiosidade: O Congado da cidade de Ituiutaba – MG por Fernanda Domingos Naves – Maysa Abrão”. Maysa Abrão – Blog da Maysa Abrão , 28 de abril de 2017, disponivel em: https://www.maysabrao.com.br/cultura-identidade-e-religiosidade-o-congado-da-cidade-de-ituiutaba-mg-por- fernanda-domingos-naves/. acesso em 12 maio 2023.
RAFAEL, Luana Regina Mendes. os festejos de são benedito em ituiutaba: uma janela em movimento. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação) – Curso de Bacharelado em História, Universidade Federal de Uberlândia. 2014.
RAFAEL, Luana Regina Mendes. PORTUGUEZ, Anderson Pereira. Ritmos e cores do catolismo negro em ituiutaba: as terriorialidades da Festa de Congada entre 1950 e o tempo presente. Ituiutaba: Barlavento, 2019.
SILVA, Renata Nogueira da. Irmandades Negras, Reconhecimento e Cidadania. Curitiba: Appris, 2016.