HISTÓRICO:
A formação do MNU na cidade de Juiz de Fora se deu a partir dessas múltiplas conexões: movimentos de bairros, sindicais, Partido dos Trabalhadores e articulações com Brasília e Belo Horizonte. Ainda que em Juiz de Fora o movimento venha surgir formalmente apenas em 1995 (quando comparado ao nacional, em 1978), é necessário destacar o quanto as lideranças e sujeitos envolvidos já estavam organizados em outros movimentos políticos e sociais com a centralidade na causa racial. Alguns de seus principais articuladores, a se citar: Paulo César Azarias, Caxambu, Sandra Maria Silva, Vera Paulino, Chico Preto, Hugo Bento.
Para além da denúncia do racismo e a articulação política nacional, a organização promove o evento “Feijão de Ogum”, iniciado em 2003, de periodicidade anual, e que atualmente integra o calendário de festividades municipais. O objetivo é discutir a problemática social e racial e refletir sobre as possibilidades de caminhos antirracista para o município.
O MNU de Juiz de Fora não tem sede própria.
REFERÊNCIAS:
LOPES, Vanessa Ferreira. A constituição do movimento negro em Juiz de Fora/MG (1978-2010): dos processos de consciência às organizações coletivas por direitos. Dissertação (Mestrado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, p.189. 2024.